domingo, 30 de setembro de 2012

A GRAVE, MUITO GRAVE, QUESTÃO DO CAPITAL HUMANO NO BRASIL

Toda a conversa sobre a questão do desenvolvimento gira em volta de escolha de Estilos de Crescimento. Tanto podemos nos limitar a aproveitar o conhecimento já produzido fora e nos limitarmos a reproduzi-lo internamente ou como serviço ou como produto, nesse último caso continuando inseridos na cadeia produtiva mundial, como podemos ser mais arrojados e assumir que a pedra de toque que impulsiona o desenvolvimento é a produção de conhecimento.

A produção do conhecimento nos remete a existência de um ambiente institucional que faça o que as instituições fazem e bem: estimule e emule. Contudo instituições funcionam com base em pessoas. É onde chegamos na questão do capital humano. À parte qualquer debate basta ler na sequência as duas notícias abaixo para que se compreenda o tamanho do problema que está nas mãos de cada qual neste país. Cada qual. É inútil e nada eficiente bradar aos ventos que "a culpa é do governo". Não é não. Desde 1988 nossos governantes são eleitos.

Demetrio Carneiro

Profissionais qualificados formam nova onda migratória para o Brasil
Reportagem de VEJA mostra que, em três anos, o número de estrangeiros que receberam autorização de trabalho saltou de 43 000 para 70 000

Nota: Não vai ser com ataque de xenofobia que inventares os técnicos que não temos.

O mais grave dos riscos
O IBGE revelou uma notícia assustadora, mas não houve reação à altura. O Brasil tem um milhão quatrocentos e quinze mil crianças de 7 a 14 anos oficialmente analfabetas pelo registro da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad). E de 2009 a 2011 caiu — sim, é isso, caiu — o percentual de jovens de 15 a 17 anos na escola. Será que é assim que queremos vencer?

Nota: Em algumas cidades do DF o percentual de adultos que não conclui o ensino básico chega a mais de 50%.