segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O CONTROLE ESTATAL SOBRE O FUTURO: O XISTO CANADENSE


O bom moço Obama não pensa nada diferente apesar de toda a oposição dentro dos Estados Unidos e do Canadá a areia de xisto betuminoso, de origem canadense, está largamente sendo empregada forçando para baixo o preço dos produtos da petroquímica e dando renda ao Canadá e vantagens competitivas aos Estados Unidos.

Se vai haver ou não um aumento dramático da poluição ou se aumentam de forma exponencial os riscos de eventos ambientais críticos [1] não parece haver preocupação nos governos de ambos os países.

Também não há preocupação com reflexos no lado de baixo do Equador. A partir do sonho do Pré-Sal, ao mesmo tempo que o bio-combustível foi para o sal, transformando-se em questão menos relevante, programou-se, com estímulo estatal, toda uma série de investimentos na petroquímica que agora estão ameaçados face os baixos preços americanos.

É o futuro que não se controla. Embora nossos governantes insistam que vai tudo bem e está tudo sob controle. É ver e aguardar, mas a impressão é que mais uma vez caminharemos na direção ou da estatização ou dos recursos pesadamente subsidiados para manter as escolhas já feitas.

Estrela do PAC encolhe por falta de sócios

[1] Nos EUA a linha de transporte, o duto, estava previsto para passar sobre o maior e mais importante aquífero americano e o óleo de xisto pode penetrar até ele. No Canadá há a previsão de uma linha que passará no meio de uma reserva indígena. Esta linha deverá carregar hiper-navios chineses num costa considerada uma das mais conservadas do planeta.

Demetrio Carneiro