Lula perdeu uma excelente oportunidade de silenciar, mas decidiu fazer, num comício eleitoral, da morte de Celso Daniel uma cruzada contra o “conservadorismo” em defesa do seu legado ao mundo: o PT. Qualquer hora dessas vai dizer que foi a “direita” quem assassinou Daniel...
Toda esta insânia de um discurso radicalizante (pobres contra ricos, esquerda contra direita, conservadores contra progressistas, golpe direitista contra a democracia de esquerda etc.), deu certo no passado. Foram cooptando grandes setores da classe média urbana (não confundir com a invenção petista da classe média com renda familiar de R$300,00), ávida por uma guinada “à esquerda” no governo.
O mesmo discurso hoje, depois dos resultados práticos da gestão petista em benefício do patrimonialismo e não da sociedade, não terá um bônus eleitoral, mas um custo eleitoral: Isolamento. Como ficou bem claro na polêmica sobre o “apoio dos aliados” à Lula e ao PT leia aqui e aqui).
Apenas é bom não comemorar com antecedência. Tem mais dois nos primeiros lugares da fila: PMDB e PSB, dispostos a serem “o PT da vez”. Ao menos até prova em contrário ambos estão muito confortáveis dentro da rede patrimonialista e todos os seus desdobramentos.
Demetrio Carneiro
