Em tese os fundos de pensão deveriam servir para suplementar a aposentadoria dos trabalhadores, antes de tudo. No Brasil os fundos ligados ao setor público, talvez por serem parte integrante da estrutura de poder, acabam virando instrumentos da política econômica. Alavancam investimentos orientados pelo governo, compram ações e títulos orientados pelo governo, fazem a gestão das empresas das quais participam orientados pelo governo. Governo que é sócio na parte boa, o estímulo à economia, mas não é sócio na hora de cobrir os prejuízos.
Parece que agora os fundos privados também entrarão na dança: "O governo vai promover mudanças na regras dos fundos de previdência privada aberta para diminuir a participação nas suas carteiras dos ativos com remuneração atrelada à taxa básica de juros (Selic)."
Aparentemente nossas autoridades resolveram que os fundos compram indevidamente papéis corrigidos pela Selic e decidiram decidir pelos trabalhadores.
Demetrio Carneiro