A fala irritada do senador petista Paulo Paim é emblemática:
O foco é o jogo de cena & mídia para tirar da pauta o projeto do senador Aloísio Nunes.
O imediatismo nas políticas públicas sempre colocou em causa a movimentação fora da zona do conforto do poder. Foi preciso que o movimento grevista, e não as Centrais, pusesse o governo na parede, invadindo sua zona de conforto, para que houve alguma mobilização.
A se ver o que funciona melhor: A acomodação logo que as coisas voltarem ao normal ou a decisão de levar em frente o debate. Certamente agora as Centrais irão se mobilizar.
A se ver para onde o Congresso Nacional olhará. Se para o poder de voto das Centrais ou para o interesse do contribuinte, que é quem paga as contas de todo o aparato, inclusive o do Congresso.
Nada contra as greves. É preciso até reconhecer a enorme disparidade de salários entre as diversas categorias. Mas talvez fosse bom levar em conta quem são os verdadeiros prejudicados pelas greves no setor público. Não regulamentar é perpetuar um erro contra a cidadania.
Demetrio Carneiro