Há um surto iniciante de doença causada por picada de carrapato na Zona da Mata mineira. No chamado de alerta está envolvido o serviço de saúde pública. Este caso invoca uma pergunta: Teria sentido convocar os serviços de defesa civil e prevenção de eventos, lançando mão da extensa rede formada pelos serviços públicos, privados, privados de finalidade pública e, principalmente toda a rede de voluntariado organizada no entorno destes serviços?
Certamente as respostas variarão desde a adesão até a negação. Mas não deixa de ser um bom debate, já que claramente a possibilidade do recrudescimento de eventos climáticos extremos, inclusive no Brasil, vem colocando na mesa novos temas e questões antes não consideradas. Uma das mais relevantes é que agregados ao conceito de enfrentamento planejado dos eventos extremos andam os conceitos pré-evento e pós evento. No pré estão a prevenção e o levamento sistemático de fragilidades e mesmo a política de movimentação preventiva de populações. No pós a assitência completa às populações atingidas, chegando até à reconstrução ou realocação definitiva.
Essa visão mais complexa parece indicar que se compreendermos o alastramento da doença como um evento extremo, e é, pois mata, então a resposta seria positiva. Agora, se a resposta for positiva talvez haja a necessidade de repensar logísticas, qualificação de pessoal e capacidade de resposta, entre outras coisas.
Está posta a pergunta.
Demetrio Carneiro
