segunda-feira, 1 de outubro de 2012

NOTAS SOBRE A INDÚSTRIA DE PRODUÇÃO DE ENERGIA EÓLICA EM ALTAS ALTITUDES


1 - Lendo o artigo de Levitan,postado ontem, dá para perceber por que o Centro, países desenvolvidos,  é o Centro. 
Lá o Google investe milhões de dólares em setores com alto risco de retorno, mas muito promissores. Aqui o BNDES financia Eike Batista com juros subsidiados para comprar carvão vegetal na Bolívia com a finalidade de tocar a tecnologia superada das termoelétricas movidas a carvão...
O Estilo de Crescimento pela via do atalho oportuniza a tecnologia já desenvolvida . Pode parecer vantagem e efetivamente até é mesmo, mas só é vantagem se e economia de meios de investigação e pesquisa puder ser utilizada para alavancar outros setores estruturantes e dinâmicos, do contrário sempre teremos mais da mesma dependência que nos deixa na semi-periferia, ou como eternos emergentes para coisa alguma, na direção inversa da sociedade do conhecimento.

2 - Também é importante constatar a diversidade de projetos. É certo que o ambiente estimula oportunidades de negócio e este estímulo é que abre caminho para a diversidade de propostas.

3 - A matéria trata de tecnologias mais adaptadas para a geração de energia ambientada dentro de redes de distribuição, as Fazendas de Vento ou Parques Eólicos, e outras tecnologias mais adaptadas para uso fora da rede.
O intenso processo de urbanização que ora ocorre no Brasil pode ser importante na geração de economia em escala para o transporte e distribuição de energia, mas certamente deve gerar deseconomias para fazer chegar energia às regiões menos adensadas ou fora dos eixos principais.  Podemos olhar para essas tecnologias como potenciais geradoras autônomas de energia que dispensem a conexão à rede geral de distribuição.

Demetrio Carneiro