terça-feira, 27 de outubro de 2009

GREVE NA SAÚDE: LIMITES?


Estamos vivendo uma greve de trabalhadores e trabalhadoras da saúde no Distrito Federal. Nenhuma diferença de outras tantas que já houveram.
A razão é a de sempre: salários.
O discurso é que a greve é feita em defesa da população.

Enquanto os valentes trabalhadores e trabalhadoras da saúde defendem a população em geral, a população específica dos que necessitam de atenção nos hospitais e postos de saúde é desatendida. Claro, estão em greve defendendo os direitos daquela população mais humilde, que não tem plano de saúde e não pode recorrer aos hospitais particulares, esse câncer do sistema de saúde.
Felizmente se os trabalhadores de saúde precisarem de atenção à saúde podem recorrer aos hospitais privados. Eles não utilizam a rede pública.

O sindicalismo já teve dias melhores e olhares mais amplos. Pensava-se maior. O que agora se pensa é apenas o resultado: mais salários, maior renda. Se o objeto do trabalho é a atenção à saúde, azar o do objeto.

Os políticos também já tiveram melhores dias.
Já foram mais corajosos. Hoje temem regulamentar a greve de servidores públicos.
Isso tira voto. Principalmente em um ano pré-eleitoral.

Greve selvagem?
De forma alguma.
Greve por direitos.
Os deles.

Demetrio Carneiro