As taxas abriram em alta, em meio a novos dados positivos sobre a retomada da economia brasileira, mas o quadro instável no exterior --com indicadores fracos sobre os Estados Unidos-- esfriou os negócios e os DIs passaram a oscilar ao redor da estabilidade. No meio da tarde, contudo, a deterioração nas bolsas no Brasil e nos EUA, acompanhada do fortalecimento do dólar <.DXY> frente a uma série de divisas, inclusive o real
"A realização de lucros foi generalizada", resumiu o gerente da mesa de DI de uma importante corretora estrangeira em São Paulo, que pediu para não ser identificado. No mercado de câmbio, próximo do encerramento, o dólar à vista
VISÃO SOBRE OCIOSIDADE MERECE ATENÇÃO NA ATA O Banco Central divulga na quinta-feira a ata da última reunião do Copom, quando a Selic foi mantida em 8,75 por cento ao ano. Analistas não esperam grandes novidades no documento, uma vez que não houve alteração do comunicado que acompanhou a decisão.
Tony Volpon, estrategista para América Latina no Nomura Securities, em Nova York, não espera sinalizações significativas do BC sobre o rumo da Selic nesta ata, mas destaca que o documento, assim como os comunicados divulgados no término das reuniões do Copom, têm mais peso agora.
"Dado que exite uma grande dispersão de expectativas sobre quando o juro vai subir, e os diretores do BC sabem disso, eles irão sinalizar muito antes de agir para alinhar as expectativas e diminuir a volatilidade do ajuste. E isso se dará pelas atas e comunicados", explicou.
Um dos focos na ata estará na percepção do BC sobre o hiato do produto, que cada vez mais vem sendo considerado para decisões de política monetária. Uma queda muito rápida nesse indicador, inclusive, tem sido o principal argumento para as apostas de alta da Selic no início de 2010. Nesta sessão, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou melhora na confiança do empresariado, mas também observou que a utilização da capacidade instalada atingiu 82,9 por cento --o maior patamar desde novembro do ano passado.
[nN28293938] (Edição de Daniela Machado) ((paula.laier@reuters.com; 5511 5644-7764; Reuters Messaging: paula.laier.reuters.com@reuters.net))