É a dedução a partir do título de um post do Pragmatic Capilalism: "Next stop: $200 oil?".
"O Nomura tem uma ótima análise sobre atual situação no Meio Oeste e o risco do petróleo subir para U$200,00. Embora a Líbia seja um grande produtor na região o maior problema pode vir é da interrupção do fluxo na Arábia Saudita. Como dá para ver são eles os maiores produtores.", conforme o post.
Analisando o histórico entre 1986 e 2011 e as reservas da OPEP como uma percentagem da demanda global chegam no seguinte gráfico que indica claramente a pressão exercida sobre o preço do barril nas situações onde os estoques são proporcionalmente baixos. Veja na última coluna à direita a previsão do impacto da crise:
Outro fator apontado como relevante é o tempo de recuperação. Veja neste outro gráfico a duração em meses para a retomada de níveis mais aceitáveis de preço. Não há previsão de recuperação no curto prazo:
Por todos estes argumentos a previsão dos analistas do Nomura é de possíveis aumentos de até U$220,00 no curto prazo e uma tendência a se manter em U$200,00.
Aceitando a argumentação como possível de ocorrer remeto para outro comentário que fiz: Primeiro sobre a possibilidade de importarmos inflação, mesmo que a Petrobras resista bravamente. Em segundo lugar é evidente que, embora muito achem que não há qualquer problema no petróleo custar U$100,00, U$200,00 é um preço de recessão e afetará pesadamente a China. Não há qualquer acaso em Hillary Clinton pousar ao lado de nosso Ministro das Relações Exteriores, Patriota, agora de tarde na coletiva e comentar sobre os fortes interesses em comum.
Enfim o horizonte pode mesmo não estar tão cor de rosa. O preço do petróleo vai se movimentando para cima e é conveniente que as autoridades passem a pensar mais seriamente no ajuste fiscal, mesmo que estejam pensando em comemorar os 10% nominais de crescimento da receita.
Demetrio Carneiro