Incrível a nossa capacidade de gerar novos cargos e funções. Realmente tem gente convicta que o papel do Estado não é induzir ou regular, mas gerar diretamente empregos. Diga-se de passagem muito bem remunerados.
A Autoridade Pública Olímpica, dentro do espírito da boa gestão pública, deverá induzir os recordes de ocupação da máquina pública ou servirá apenas para regular as taxas?
Do Estadão:
“Os números grandiosos da Autoridade Pública Olímpica explicam o interesse. A APO terá até 184 cargos comissionados (contratados sem concurso), com remuneração de R$ 15 mil a R$ 22,1 mil - salário do futuro presidente. O diretor-executivo receberá R$ 21 mil mensais. Seis diretores terão salário de R$ 20 mil. Haverá ainda 29 cargos de superintendência, de R$ 18 mil mensais; 92 cargos de supervisão, de R$ 15 mil. Por fim, 35 postos de assessoria com salários de R$ 15 mil e outros 20 assessores com remuneração de R$ 18 mil. Os cargos e salários estão detalhados na MP 503, a ser votada até 1º de março.
Segundo a proposta, 300 servidores concursados poderão ser remanejados de órgãos públicos para a APO, com funções gratificadas, com pagamento extra de R$ 1mil, R$ 3 mil ou R$ 5 mil.”
Dilma vai se fazendo mais igual do que diferente. Não é?
Receio que logo iremos descobrir que a dúbia vantagem de ter uma representante do sexo feminino na presidência será no sentido de demonstrar que mulheres e homens são capazes da má política da mesma forma e que auto-representação não é bem isso ai. Mesmo com estilos diferentes.
A crítica é cruel? Não, cruel é ter algo como esta "autoridade"...fazendo festa com o bolso do contribuinte.
Demetrio Carneiro