quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

PANAMERICANO: DÚVIDAS COM RELAÇÃO AO DIREITO DE ISONOMIA

Abaixo nota publicada no Blog Direto da Fonte, de Sonia Racy.

Pessoalmente acho que faz todo o sentido não só para trás, quanto aos bancos que quebraram, mas também para frente: bancos que poderão quebrar.

Vamos dizer que o procedimento do FGC não caminha exatamente na direção da “estabilidade” do sistema bancário, conforme seria sua Missão, parecendo mais um jogo entre amigos e parceiros.

Certamente teremos algum parecer jurídico do fundo garantindo que isso não é possível. Vamos aguardar.

Demetrio Carneiro

Brecha Jurídica

A venda do Panamericano, do Grupo Silvio Santos, para BTG Pactual, nas condições acordadas, abre brecha para que outros bancos falidos entrem na Justiça e peçam isonomia de tratamento. Isto é: exijam legalmente que o Fundo Garantidor de Crédito dê a eles o mesmo tipo de ajuda dada ao Panamericano, segundo alertou ontem alta fonte do mercado financeiro.
O que seria isto? O FGC aceitou abrir mão de mais de 10% dos seus R$ 28 bilhões em caixa para salvar o banco, permitindo a transferência do ativo sem maiores estragos no mercado financeiro. Mas não exigiram qualquer contrapartida por parte de Silvio Santos. “Alguém imagina um outro banco quebrar deste jeito e seu dono sair completamente ileso, sem que seus outros bens ficassem bloqueados?”, pergunta a mesma fonte.