terça-feira, 26 de janeiro de 2010

OBAMA BOTA O PÉ NO FREIO?



A notícia abaixo foi divulgada pelo NYT. Segunda, 25.
Talvez quem defenda o gasto como única saída precise começar a colocar as barbas de molho.


O mundo não foi salvo tão rapidamente. Nem a fartura de gastos públicos está sendo a solução milagrosa. Pelo visto a economia funciona com coisas mais complexas do que adicionar demanda agregada, como, por exemplo, a confiança do agente econômico ou a necessidade de impor limites aos gastos.
Atalhos nem sempre são tão eficientes quanto pode parecer.


A atitude de Obama pode ser apenas uma ação precaucional, para trabalhar expectativas, condicionada ao ritmo do crescimento americano. Tipo “se o crescimento se mantiver consistente está na hora de botar o pé no freio”. Se não se mantiver continuamos a gastar.


Contudo, nem tudo são ouro e festa no paraíso.
De um texto que o Tony Volpon me enviou ontem “U.S. GROWTH IN THE DECADE AHEAD”, de Martin S. Feldstein, publicado pelo NATIONAL BUREAU OF ECONOMIC RESEARCH:
“These projected fiscal deficits could completely absorb all of the
private saving, leaving no national saving to finance additions to the capitalstock. If that happens, all net investment in plant and equipment and in housing would have to be financed by capital inflows from abroad.”
Enfim, o déficit fiscal americano poderá chegar a um número que neutralizará a poupança interna, levando à dependência de fontes externas de capital.
Eu acho que a gente já conhece alguma coisa muito parecida. Não é?
Demetrio Carneiro

Obama buscará congelar por três anos gastos com muitos programas domésticos.


Presidente Obama vai pedir um período de três anos de congelamento nos gastos em muitos programas nacionais e aumentos não superiores a inflação após isso, uma iniciativa destinada a sinalizar sua atitude séria sobre a redução do déficit orçamentário, comentáram funcionários graduados nessa segunda.