sábado, 23 de janeiro de 2010

O PARAÍSO QUE DILMA NOS EFERECE


Difícil fugir da associação disparada por Temer e assumida prazerosamente por Dilma. “A classe operária vai ao paraíso” foi um filme lançado no início da década de 70, 71. Só nos chegou efetivamente com o fim da ditadura. É considerado um dos clássicos da filmografia política italiana no pós-guerra. Seu personagem principal é Lulu. Operário metalúrgico meio alienado que se transforma politicamente ao sofrer um acidente e perder um dos dedos, passa pelo sindicalismo, mas oscila entre a luta política e o consumismo. A arte imita a vida?
O grande dilema do filme é estabelecer de qual paraíso se está falando. É a mesma dificuldade com Dilma, mas a construção dos links que retomem o projeto petista como um projeto de esquerda fica sempre mais evidente. A imagem deve ter deliciado o PSTU, MST, PSOL e outros, que passados dois mandatos ainda imaginam que “dessa vez”, no terceiro, o projeto revolucionário se concretizará.
Resta saber se a soma de tantas tensões em direções diferentes, não dá para dizer que o PMDB esteja exatamente na esquerda, vai resultar num governo que responda aos desafios que estarão postos e que decorrem não só da mais lenta recuperação da economia mundial, mas também das medidas equivocadas que são tomadas hoje.
Demetrio Carneiro


Dilma diz que gostaria de levar brasileiros ao paraíso
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse hoje que "gostaria muito de levar os brasileiros ao paraíso", ao ser indagada se assumiria a missão de ser a candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Acho uma das maiores e melhores ambições que podemos ter", afirmou após cerimônia de cessão de uma área pública ao município de Rio Claro, SP, que teve a participação do ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha, deputados e 25 prefeitos.