quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

MENOS ETANOL, MAIS PROBLEMAS


Abaixo um texto postado no excelente portal EcoDebate. De autoria de Bruno Peron. Transmite um pouco da indignação dos consumidores que se sentem lesados com o movimento vai-e-vem da política governamental para combustível de veículos.
De programa-verde para a indústria brasileira de veículos o etanol vai virando item da pauta de exportações – novamente a exportação de meio ambiente – quando não vira açúcar.
A política de governo era e foi subsidiar o combustível, como foi com o biodiesel, na intenção de encontrar alternativas ao uso do petróleo. Aparentemente o Pré-sal sustenta a mudança na direção do mercado externo, pois, em última instância o que interessa à Petrobras, que só é Estado-do-povo-e-para-o-povo na hora de fazer o que o governo quer, é vender o seu peixe, melhor seu petróleo.
Pelo visto, para as autoridades que cuidam do planejamento da economia, Nova Economia é papo de intelectual que não tem o que fazer.
Demetrio Carneiro


Etanol: Propaganda enganosa


A política de incentivo ao uso de etanol nos convida novamente ao picadeiro. Como se não bastassem os assaltos constantes ao nosso dinheiro, a gasolina será mais vantajosa que o álcool por alguns meses para a decepção dos portadores de carros bicombustíveis (flex). A propaganda a favor da substituição dos tanques de combustíveis foi ostensiva anos atrás. Hoje nem todos os brasileiros temos paciência para fazer o cálculo dos 70% antes de abastecer. Fomos enganados.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento culpou o excesso de chuvas no período de colheita de cana-de-açúcar, que inibiu o corte de mais de 60 milhões de toneladas. A mesma instituição pública federal previu que o mercado de etanol se normalizaria em até 120 dias. Está na moda culpar as chuvas pela incompetência humana no Brasil. Foi assim no apagão de novembro de 2009, que, para mim, não passou de uma conspiração. Evento mal explicado.