Benício Tavares é figura conhecida no DF. Parlamentar de diversos mandatos e dezenas de processos, foi eleito mais uma vez em 2010, nas brechas abertas pelo vacilos legais da Lei do Ficha Limpa.
Uma vez eleito, por conta de algum dos seu muitos processos e depois de muitos anos acabou cassado pelo TRE-DF. Cassado recorreu ao TSE. O TSE reconheceu o argumento do TRE-DF e manteve a cassação. O TRE-DF notificou a mesa da Câmara Legislativa do DF, com um prazo de 48 horas para cumprir as formalidade e dar posse ao suplente.
A mesa diretora, presidência do mesmo PT que esbravejava pela ética no episódio de Arruda, soberanamente decide que vai esperar o fim do recesso para concluir o processo de cassação. Quem sabe para dar espaço para que os advogados estudem novos meios de protelar a decisão do TSE? Afinal Benício sempre foi aliado de qualquer um que esteja no poder.
Não é de surpreender em se tratando da Câmara legislativa do Distrito Federal. Também não é de surpreender o absoluto silêncio e a complacência dos colegas parlamentares, de todos os partidos.
Demetrio Carneiro