Uma notícia veiculada na mídia pelo blog do Josias de Sousa, "PT X PMDB: dirigentes da Caixa divergem sobre FGTS", levantou um embate entre um vice-presidente petista e um vice-presidente pemedebistas da instituição.
O ponto principal parece ser o FI-FGTS, um fundo que estrai dos recursos do FGTS valores para investimento em infraestrutura, o que seria uma forma de buscar recursos para financiar um setor sabidamente carente de investimentos e, no fim do dia, embora os recursos sejam do trabalhador, as Centrais sindicais acabam autorizando seu uso para tudo que interesse ao governo, mesmo que a remuneração seja baixa.
Aparentemente a necessidade de criar cargos levou a sobreposição de vice-presidências, pois uma cuida de recursos de terceiros, e o FGTS para a CEF é recursos de terceiros e a outra cuida de fundos "governamentais", num sentido bem amplo o FGTS também pode ser visto como um fundo governamental.
O fato é que a saia justa está criada e é tema do âmbito de uma política de coalização que vai de A a Z.
A briga se dá por conta de uma MP que está esperando a sansão de Dilma. A MP transforma estádios e lojas em infraestrutura, de formas a aproveitarem os recursos do Fundo FI-FGTS. A verdadeira “novidade” foi mais essa flexibilização do conceito. Outro exemplo de flexibilização está no PPA 2012-2015 que transformou habitação em infraestrutura e destinou ao setor mais de 30% dos investimentos previstos no plano. Isto que a gente sabe da alta velocidade dos investimento em habitação.
Enquanto isso a Índia vai investir oito vezes mais que o Brasil em infraestrutura de verdade, isto é: Transportes e logística, energia, saneamento e água potável etc.
Essas “escolhas” correspondem às necessidades de sobrevivência política, voto, e não tem nada a haver com projetos de desenvolvimento.
Na lateral o comentário de JS sobre a garantia dada para os aplicadores do FGTS que os torna sócios do Tesouro Nacional. Ou seja, se o investimento não mostrar "retorno" o santo TN cobre o prejuízo.
Demetrio Carneiro