É um processo interessante: O governo, Dilma, nomeia os corruptos. Ai vem o escândalo. Primeiro o governo resiste. Depois, frente ao óbvio de não ser viável um notório corrupto dirigindo um ministério, demite e capitaliza a seu favor a demissão declarando ser uma "limpeza" e é capitalizado na mídia como se a ética fosse uma postura fundamental desse governo.
Claro, "amigos" da rainha como Pimental estão em outra dimensão. Eles podem ser corruptos e não serem demitidos.
Ai fica este joguinho cínico feito pela CGU, do Jorge Hage, indicado pela presidência, de "comemorar" o dia internacional de combate à corrupção como se eles, governo, estivessem realmente combatendo a corrupção. Lembrando que Hage foi o cara que saiu em defesa de Palocci. Nos outros caso calou a boca, também ia ser demais ele defender cada corrupto desse governo.
Seja como for o Lupi só veio ao chão pela coragem de alguém do Conselho de Ética ter vazado para a mídia o parecer. Já se sabe que haverá punições pela desobediência.
Enquanto isso Hage fazia cara de paisagem muito ocupado que está organizando as Conferência Nacional do Controle Social ou lá o nome que tenha. Leia-se: Conferência Nacional do Controle do Governo SOBRE o Controle da Sociedade. Digamos 100% de manipulação e 0% de intenções sérias.
Há uma PEC na Câmara Federal, a PEC 54/2011. Esta sim moralizante, pois visa impedir que o Executivo possa indicar quem achar melhor para dirigir estruturas de Controle Interno.
Evidentemente comenta-se nos bastidores que os ministros são da cota de Lula e que Dilma "agora" está livre para colocar os "seus" ministros. Ninguém comenta o fato de que uma pessoa sozinha não faz isto. É uma rede. Sai o ministro e fica a rede. O que será que vai acontecer?
Demetrio Carneiro