sexta-feira, 4 de março de 2011

GOVERNO NÃO CONSEGUE DETER APRECIAÇÃO DO REAL: O INFERNO NO PARAÍSO

Com a câmbio fechando hoje a R$1,64/U$ começam a surgir sinalizações de novas medidas.
A apreciação tanto se dá pela desvalorização do dólar no plano geral, como pelo contínuo e alto ingresso de recursos do exterior, motivo pelo qual as sucessivas compras de divisas não são capazes de conter a apreciação, apesar de um custo extremamente alto para o contribuinte.
Usando outras medidas mais clássicas como taxação do IOF ou controle de capitais vai para a saída de cortar o fluxo de investimentos, o que deixa de resolver os ambiciosas planos governamentais envolvendo Copa, Olimpíadas e Pré-Sal.

A inexistência de políticas substanciais voltadas para a geração de condições de competitividade, todas de longo prazo e a geração única de políticas de curto prazo caracterizam a gestão pontual de vulnerabilidades que jamais chega às soluções sustentáveis e criam um contexto onde o inferno pode ser no paraíso. Num momento onde poderíamos e deveríamos estar aproveitamento ao máximo a boa maré dos recursos de investimentos estrangeiros acabamos lidando com um autentico pau-de-dois-bicos.

Demetrio Carneiro