sábado, 12 de março de 2011

MINITÉRIO PÚBLICO ENTE O CONTROLE, ENQUANTO RESPONSABILIZAÇÃO, E O FAZER A POLÍTICA

É evidente que todos sabem que informação é poder e que poder é tudo que a política quer. Mas, e o MP que o quê faz exatamente? Cumprir sua missão institucional que vai além do simples controle e trata da responsabillização ou buscar o controle da informação enquanto instrumento de poder?

As ações do MP continuam pelo menos estranhas. Lendo a reportagem abaixo o mínimo que se pode pensar é que um conhecido criminoso, que é Durval, movimenta o MP ao seu bel prazer e informa o que quer, quando quer e como quer. Tudo claro em “segredo de justiça”, desde que não seja “acidentalmente vazado”.

Agora a “bola da vez “ é Agnelo. Mais uma vez esperaram as eleições e a consagração do eleito para depois, apenas depois, alinharem as baterias.

O pântano político do DF está muito longe de secar,  só faz ficar maior e o MP se especializa em complicar o que deveria simplificar apontando claramente as verdades.

Demetrio Carneiro


Fonte: Folha 

Em meio a rumores da existência de novos vídeos com flagrantes de corrupção no Distrito Federal, o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, prestou depoimento de cerca de quatro horas à Procuradoria-Geral da República nesta sexta-feira.
Autor das gravações e das revelações que derrubaram no início de 2010 o ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM), Barbosa tem dado informações em troca de possível redução da pena em caso de condenação.
A Procuradoria e a advogada de Durval, Margareth Almeida, confirmaram o depoimento, mas disseram que a apuração corre sob sigilo.
À Folha, procuradores envolvidos nas investigações afirmaram que o Ministério Público não trabalha com a hipótese de retirar a possibilidade de delação premiada a Barbosa, como defende a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Distrito Federal.
"A parte dele está sendo totalmente cumprida. Os depoimentos têm sido cada vez mais frequentes", afirmou a advogada de Barbosa.
No começo do mês, veio à tona vídeo de 2006 em que a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), filha do ex-governador Joaquim Roriz, aparece recebendo dinheiro de Barbosa. Jaqueline é a primeira pessoa do chamado "grupo de Roriz" a aparecer nos vídeos gravados por Durval.
A edição desta semana da revista "Veja" traz reportagem segundo a qual Barbosa apresentará mais vídeos ao Ministério Público implicando diretamente Joaquim Roriz e o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).
Segundo a revista, haveria gravação de uma conversa "nada ortodoxa" entre Agnelo e Barbosa na ocasião em que esse último teria lhe mostrado os vídeos de corrupção em Brasília. Em ocasiões anteriores, Agnelo já havia confirmado o encontro, argumentado que não havia denunciado o escândalo por não ter garantias de que os vídeos eram reais, sem edição.
A reportagem diz também que uma ex-assessora de Barbosa teria enviado pedido ao então chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho (hoje secretário-geral da Presidência), com lobby pela recondução de Leonardo Bandarra ao comando do Ministério Público do Distrito Federal. À revista, Carvalho disse não ter atendido à solicitação.