Desastre de gestão da Petrobras à parte, ao menos por enquanto o sonho do segundo semestre redentor ainda está distante.
Comparativamente à semana anterior a expectativa do PIB 2012 caiu de 1,9% para 1,85%, confirmando o que falamos já há alguns meses: que o PIB desse ano pode se aproximar bastante do crescimento vegetativo da população, 1,05% em 2010. Tem lá a sua importância.
Do lado do IPCA chegamos à marca de 5%, quando na semana anterior era 4,98%.
Esse desalinhamento entre queda do crescimento e alta da inflação, mesmo que derivada dos alimentos, por conta a seca americana, também tem implicações.
Resta ver como vai se comportar a arrecadação tributária frente à queda da atividade econômica. De princípio uma inflação na casa de 5% ao ano é benéfica ao governo e gera um fluxo positivo a seu favor. Dada essa situação ainda iremos ver qual e de quanto será o prometido corte nos impostos. Ai veremos se o Estado brasileiro é capaz de se virar sem pressionar o contribuinte no limite.
Demetrio Carneiro