terça-feira, 28 de agosto de 2012

O DICIONÁRIO DO BAIXO CARBONO

Há questões fundamentais para uma Economia da Transição, supondo que se concorde com ela. Podemos falar na necessidade de qualificação do capital humano, reconhecimento dos limites ambientais e muitas outras, numa lista que pode ser longa. 

Nesta lista certamente constará a questão da coesão social e haverá de estar entre as mais relevantes. Coesão social fala da necessidade de convergência e coordenação entre os diversos atores do processo social: agentes públicos, agentes políticos, agentes privados e o conjunto da sociedade civil. É premissa fundamental que a transição da economia atual para uma economia voltada para a sustentabilidade passa por esta coesão entre os diversos atores ou não terá o sucesso necessário. Ou estamos todos juntos ou não chegaremos lá. Realmente é a primeira vez na história da humanidade que lidamos não com uma transformação que seja fruto natural de um processo civilizatório, mas de uma compreensão de qual rumo deverá ter este processo e mais, da compreensão - muito diferente do conceito de revolução - de que não há imposição de hegemonias, mas a necessidade de diálogo entre todas e todos. A democracia é o nosso instrumento para um mundo melhor, inclusive para as gerações futuras.

Nesta linha de raciocínio o Guia Sustentabilidade Meio Ambiente do Instituto Amanhã é um bom exemplo de uma leitura de coesão social. O guia tem patrocínio da Natura, da GM, da Vivo, da Foz do Brasil e apoio da KM Papel e da Tetra Pak. Trás de interessante diversas matérias, mas em especial uma é relevante. É um Dicionário do Baixo Carbono, com 80 verbetes. O dicionário pode servir como uma boa introdução para quem dá seus primeiros passos nessa questão da sustentabilidade. Cada verbete tem explicação clara e vem acompanhado de uma lista de livros relacionados e sites que podem ser consultados. 

Demetrio Carneiro