quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

DEFESA CIVIL EM ÂMBITO NACIONAL, JÁ. MAS NÃO É APENAS ISTO.

As imagens, as cenas de tragédia e destruição são terríveis.
Alguns anos atrás, após aquele primeiro furação que devastou parte de Santa Catarina, diversos especialistas se manifestaram e deixaram claro que estávamos entrando em um período de fortíssimas mudanças climáticas. Após esse evento problemas sérios envolvendo destruição e mortes foram se repetindo ano á ano..

Há evidentes questões urbanas não resolvidas e proteladas. Mas também é evidente que as mudanças climáticas mais violentas vieram para ficar.
Está na hora de pensar em planejamento de longo prazo, ações preventivas intensas e, principalmente, capacidade imediata e coordenada de resposta local e ações coordenada pós-eventos destinadas à retomada da normalidade local.

Serra durante a campanha chegou a falar em um Ministério para cuidar da Defesa Civil em caráter nacional, como capacidade de mobilização imediata frente aos eventos naturais e poder de promoção de ações preventivas.
Está na hora de agir de olho no futuro.

Todo o problema é que não se trata apenas disto. 
É preciso irmos até a raíz das mudanças climáticas violentas e assumirmos que este modelo de desenvolvimento, produção & consumo precisa ser revisto. Ir acomodando soluções paliativas não irá resolver. A nação tem sim recursos para construir um sistema decente de habitação para acolher as pessoas em áreas de risco. Da mesma forma é capaz de organizar um sistema de transportes  públicos que viabilize escola e emprego a partir dessas habitações. Também pode desprezar a picaretagem eleitoral e controlar efetivamente a ocupação das áreas de risco. Infelizmente nada disto irá alterar o rumo e o ritmo das mudanças climáticas violentas e, certamente, teremos outras vítimas e outras tragédias. 

Está na hora de discutir uma defesa civil de porte nacional, mas está também na hora de assumirmos que o modelo tem que mudar.

Demetrio Carneiro