terça-feira, 11 de janeiro de 2011

CRISE FISCAL NA EUROPA E EUA

Americanos e europeus souberam como entrar na crise, souberam descobrir a solução imaginando um paralelo entre a crise de 29 e a atual. Agora vão descobrindo que ambas as crises são muito diferentes e que as soluções não são comuns. 
O que vimos foi o maio esforço fiscal jamais feitos em toda a história da humanidade gerando efeitos colaterais e muito menos efetivos do que se esperava. 
Lá trás, quando o debate ainda era sobre o que fazer, keneysianos juravam de pés juntos que só o gasto público daria uma solução à crise. Festejavam com todas as galas o “retorno” do keynesianismo em oposição ao mal eterno. Agora a festa acabou e o ambiente é de salas sujas, copos quebrados, garrafas vazias e muita ressaca.

Americanos e europeus terão que lidar com as consequências. Não serão poucas. Os Estados de Bem Estar sustentados artificialmente, o consumismo irresponsável, a cômoda redistribuição das relações internacionais de produção vão ter um custo e ele não será apenas econômico, mas muito, muito politizado. Ainda veremos como isso irá se refletir no sentimento de nacionalidade de cada nação.

Não dá para achar graça, pois da mesma forma que a bonança deste ciclo equivocado chegou até nós, também chegarão seus efeitos negativos. Até porque nós também temos a nossa crise fiscal acenando no horizonte.

Demetrio Carneiro