quinta-feira, 25 de março de 2010

TELEBRAS E O EFEITO TSE

Estamos em plena normalidade: Dentro do governo cada um fala o que acha melhor e a soma de todas as falas não diz nada. No fundo quando Lula não diz coisa com coisa ele sintetiza esse sentimento difuso na gestão pública federal.

A nota do Tesouro Nacional é clara. Mantega nega o óbvio, a nota, e diz que não é nada disso. Com isso o ministro mostra sua qualificação para substituir a cadidata-ministra na Petrobras.

No meio de tantas informações e contra-informações a Comissão de Valores Mobiliários-CVM não pode dar uma de TSE e fazer de conta que não é com ela. Já passou da hora de haver uma funda investigação que mostre quem, quando, como e com qual finalidade se montou essa mega operação de especulação com os papéis da Eletrobras.

Demetrio Carneiro

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Fonte: Blog Reinaldo Azevedo

Um mês após a revelação de que o ex-ministro José Dirceu recebeu R$ 620 mil de uma empresa diretamente interessada na eventual reativação da Telebrás, o governo encolheu o alcance do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), e o valor das ações da estatal caiu 44%, quase à metade.
Originalmente, o plano cobriria 3.200 cidades até o final do governo Lula. A nova versão reduziu-se a um simples projeto piloto com 300 municípios que, mesmo assim, seria implantado apenas no próximo governo, não mais em 2010.
Em fevereiro, a Folha mostrou que rumores e vazamentos sobre a reativação da Telebrás, que seria gestora do plano, haviam levado as ações da estatal a um ganho de 35.000% desde 2003 (até o dia 8 do mês passado), valorização recorde investigada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).


Fonte: Valor On line

O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) suscitou nova tensão no governo federal, ontem, com a publicação de reportagem do jornal "Folha de S. Paulo" informando que o Tesouro Nacional teria posição contrária à retomada da Telebrás como gerenciadora do programa. O parecer não era conhecido na Casa Civil, onde ocorrem as discussões sobre o assunto. No fim do dia, a Fazenda divulgou nota à imprensa em que nega a posição. "A discussão sobre a manutenção da Telebrás ou a criação de uma nova instituição pública depende do modelo a ser escolhido, para o qual as duas alternativas cogitadas são viáveis."


Fonte: Correio Braziliense

Brasília - O Ministério da Fazenda negou há pouco que o Tesouro Nacional seja contra a reativação da Telebrás para gerir o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Em nota divulgada nesta quarta-feira (24/3), o ministério informou que a nota técnica elaborada pelo Tesouro apenas levanta as vantagens e as desvantagens da medida, sem emitir opinião.

“A nota técnica do Tesouro Nacional tem como objetivo avaliar as implicações do processo de decisão em andamento, sendo pertinente e desejável que sejam levantados elementos, vantagens e desvantagens de todas alternativas cogitadas”, afirmou o comunicado.

De acordo com a nota, qualquer ação que acarrete em gastos públicos precisa ser avaliada pelo Tesouro Nacional para verificar o impacto nas contas públicas e no Orçamento. O documento, diz o ministério, também sugere a retomada das atividades da Telebrás e levanta a possibilidade de criação de outra empresa pública para instituir o PNBL.


Fonte: Folha Online

A Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados aprovou requerimento nesta quarta-feira em que solicita a presença do ministro Guido Mantega (Fazenda) para prestar esclarecimentos sobre as ações da Telebrás, por conta das oscilações bruscas desse papel nos últimos anos. A autora do requerimento aprovado é a deputada Solange Amaral (DEM-RJ).
Somente hoje, as ações da estatal tiveram perdas de 13,6%. No ano, a valorização desse papel ultrapassa 90%. E no período do governo Lula, em torno de 35.000%.
Os deputados da comissão pretendem questionar o ministro sobre quais são os 30 maiores acionistas da estatal desde 2005 até a data atual e se a CVM (Comissão de Valores Mobilários) está apurando "o eventual vazamento de informações ou o uso de informação privilegiada relacionados à negociação de ações da Telebras".
A CVM é o órgão responsável pela fiscalização do mercado de capitais brasileiro, e é vinculado ao Ministério da Fazenda.


Fonte: Folha Online

A ação preferencial da estatal Telebrás amarga perdas de 15,38% no pregão desta quarta-feira na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). O volume de negócios com esse papel é bastante forte, na casa dos R$ 74,45 milhões. Desde o início do ano, a ação já valorizou mais de 90%.
No mesmo horário (16h50, hora de Brasília), o índice Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, cede 0,58%, aos 68.986 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,36 bilhões.
Os papéis da empresa já sofreram várias oscilações violentas nos últimos meses, em meio a rumores, confirmações e desmentidos sobre a reativação de sua rede para o projeto do governo de banda larga (internet de alta velocidade).



Fonte: Brasil Econômico

“Não vejo a necessidade de uma ‘Nova’ Telebrás. Temo que seja mais um cabide de emprego”, afirmou o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso em palestra em São Paulo.
Um viés crítico à polêmica proposta de recriação da estatal para tirar do papel o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O projeto tem o objetivo de universalizar o acesso rápido à internet utilizando redes de fibra ótica das estatais.
Desde a privatização do setor em 1998, a Telebrás apenas administra dívidas e obtém receitas por meio de aplicações bancárias.

Ações em queda

Às 13h15 (horário de Brasília), as ações preferenciais da companhia (TELB4) apresentavam queda de 10,05% no pregão desta quarta-feira (24) na BM&FBovespa, cotadas a R$ 1,52.
Os papéis refletem a emissão pelo Tesouro Nacional de uma nota técnica em que condena a reativação da empresa, conforme reportagem da Folha de S.Paulo publicada hoje.