quarta-feira, 31 de março de 2010

A LENDA DA GUERREIRA DILMA

Normalmente lendas se criam a partir de fatos reais. Modernamente também é possível insistir num fato até que ele se torne lenda. Se tiver um empurrãozinho da mídia é bom. Se este empurrão for potenciado por recursos públicos, melhor ainda.

A propaganda eleitoral é feita com o Fundo Partidário que é recurso público. Tanto que os partidos ficam obrigados a seguir regras e estão sujeitos ao controle de seu uso por parte da Justiça Eleitoral.

Especificamente na propaganda eleitoral veiculada pelo PDT na noite de terça, 30, o presidente do PDT, e ainda ministro de estado, Lupi cita a candidata do PT, e certamente da base governista da qual o PT faz parte, como “guerreira” Dilma.
Certamente a candidata de guerreira tem muito pouco. Na luta armada ficava no esquadrão da cozinha. Foi militante do PDT. Passou para o PT e acabou substituindo José Dirceu após o escândalo do mensalão. Certamente os velhos tempos pesaram na substituição. Da "guerreira" sabemos do PAC e seu espetacular sucesso gerencial. 
Não sou especialista em legislação, mas diria que houve mau uso dos recursos do Fundo Partidário.

Como Lula já colocou no ridículo a Justiça eleitoral nada mais natural que um ministro de estado faça o mesmo. Afinal se o chefe pode, ele também pode. Claro, de forma dissimulada, quase subliminar, mas ainda assim Lupi é ministro de estado e o recurso que pagou a “carona” dada à candidata é público. O escárnio continua.

A acrescentar apenas a parte divertida, onde Lupi se auto-elogia pelo trabalho de “capacitação” da mão-de-obra que o ministério faz. Argumento muito bom...para quem não sabe das história do FAT e das histórias do uso dos recursos do fundo para regar a horta do sindicalismo aliado à base de governo.

Demetrio Carneiro