sábado, 6 de março de 2010

QUESTÃO DE MODELO

Nota: Era para ter postado na semana passada. Na corrida das viajens acabei deixando de lado, mas acho que o assunto é edificante e mostra as raízes reais de um assunto que aparentemente é só ideologia.

QUESTÃO DE MODELO

Fundado numa política externa de generosa colaboração com países em desenvolvimento bem mais pobres o governo brasileiro se prontificou a construir uma hidroelétrica no Haiti.
A um razoável custo de 150 milhões de dólares. Financiado pelo nosso conhecido BNDES o projeto seria exclusivamente realizado por empresas nacionais: OAS, Odebrecht e Gutuierrez. Todas também muito bem conhecidas de todos nós.
Ser um país sujeito a terremotos de grande intensidade parece não ter muito importância na construção de hidroelétricas, nem deve afetar muito o seu custo de construção. Detalhes, pelo visto.

Como outra opção o governo do Haiti pode construir usinas termoelétricas que utilizem biomassa. Claro as brasileiras, coisa de primeiro mundo, usam óleo diesel. Bagaço de cana de açúcar e capim, coisas raras aqui no Brasil.
Segundo informa o Estadão o governo do Haiti já contratou um empréstimo de 27 milhões de dólares no Banco Interamericano de Desenvolvimento para uma primeira usina. Pode realizar licitação internacional aberta a qualquer empresa e a pequena usina terá capacidade para abastecer uma cidade de 100 mil pessoas, empregando cerca de 500 famílias na produção de biomassa. Como podem ser construídas próximo ao local de destino final de consumo, além de “verdes” também economizam as redes de transmissão.

As autoridades brasileiras, no caso o Exército, responsável pelos trabalhos iniciais, estão começando a ficar irritadas com a demora no fechamento da operação de construção da hidroelétrica. Povo ladino esses haitianos.

Demetrio Carneiro