Como já está fartamente noticiado o PIB do segundo trimestre de 2009 foi positivo.
O que deu a Joelmir Beting (citado por Economia e Capitalismo, com a advertência: Caro JOELMIR, o ano ainda não terminou e seu OTIMISMO político econômico não encontra razões técnicas o suficiente para tornar-se realidade. Pelo menos por enquanto...) o direito de criticar os pessimistas com uma claríssima declaração de humildade explícita:
“Alguém berrou contra o excesso de pessimismo, na virada do ano?: Sim, o presidente Lula e eu.”
Não tenho certeza se houve intencionalidade no fato do Joelmir ter desconsiderado tanto o Mantega – ministro reserva do Palocci - quanto o Pochman – defensor, na academia, do lulo-desenvolvimentismo científico - no campo dos otimistas, mas imagino que deve ter sido esquecimento.
Revoada de pombos e salva de foguetes à parte, resta a nós simples mortais procurar os sinais do aproveitamento do das oportunidades que a crise prometia, na leitura do governo.
Se estiverem se referindo aos aumentos de gastos ou ampliação da área de influência do Estado, como fica evidente no desenho do projeto do Pré-sal, então realmente as oportunidades foram aproveitadas. Se estivermos falando em aumento de eficiência governamental, questionamento do modelo atual de desenvolvimento por conta da questão do meio ambiente, rediscussão da carga tributária, nem tanto.
Da forma como vamos a pós-crise terá o mesmo modelo da pré-crise e os próximos anos talvez venham a mostrar um pouco do que já tivemos: crescimento sim, mas muito abaixo de nosso potencial.
Demetrio Carneiro