Não apenas de impostos e proibições literais são feitas às barreiras ao comércio. A regulação é, de fato, um silencioso e eficaz meio de reduzir a competição enfrentada pelos afortunados empresários amigos do governo (não que alguém desconhecido não possa ser beneficiado sem querer), as custas, sempre, da maioria da população do país.
O Instituto Nacional de Metrologia do Brasil criou, recentemente, uma nova e importante, apesar de ter passado despercebida, barreira à importação de eletrodomésticos. Tal barreira é chamada “Novo Padrão Brasileiro de Tomadas” e é normalizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Com o argumento de se reduzir o risco de choques elétricos, o que seria viabilizado graças à possibilidade de uso de fio terra, existente na nova tomada, e uma cobertura que impede o contato com a parte energizada, a “inovação” segue envolta em uma névoa de boa intenção. Porém, se observada de forma sincera, não há razão técnica razoável que justifique a adoção desse “Novo Padrão Brasileiro” em detrimento do padrão internacional com terra (aquele típico de computadores), principalmente quando olhamos as restrições que tais medidas impõe ao comércio.
Para o comércio e a competição, o padrão internacional (que não tardará alguém deverá me lembra que não é internacional, mas americano) seria a escolha óbvia. Principalmente pelo fato da tomada típica para o padrão americano ser, de fato, praticamente universal. Ou seja, serve para a maior parte dos padrões existentes.
O grande detalhe esquecido na norma diz respeito à exigência de adoção desse padrão na produção e importação de eletrodomésticos, que, a partir de janeiro de 2010 serão proibidas para os aparelhos que não possuam os plugues novos.
Com isso, apenas produtos diretamente produzidos para comercialização no Brasil poderão ser comercializados aqui. O resultado será uma queda brutal no número de produtos “importáveis”, o que terá impacto direto na competição interna e nos preços pagos pelos consumidores brasileiros.
Temos aí mais uma nova e clara barreira ao comércio, imposta deliberadamente por pessoas que se dizem cheias das “boas intenções”. É... PAL-M na cabeça, o consumidor agradece.
Abs
José Carneiro
O Instituto Nacional de Metrologia do Brasil criou, recentemente, uma nova e importante, apesar de ter passado despercebida, barreira à importação de eletrodomésticos. Tal barreira é chamada “Novo Padrão Brasileiro de Tomadas” e é normalizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Com o argumento de se reduzir o risco de choques elétricos, o que seria viabilizado graças à possibilidade de uso de fio terra, existente na nova tomada, e uma cobertura que impede o contato com a parte energizada, a “inovação” segue envolta em uma névoa de boa intenção. Porém, se observada de forma sincera, não há razão técnica razoável que justifique a adoção desse “Novo Padrão Brasileiro” em detrimento do padrão internacional com terra (aquele típico de computadores), principalmente quando olhamos as restrições que tais medidas impõe ao comércio.
Para o comércio e a competição, o padrão internacional (que não tardará alguém deverá me lembra que não é internacional, mas americano) seria a escolha óbvia. Principalmente pelo fato da tomada típica para o padrão americano ser, de fato, praticamente universal. Ou seja, serve para a maior parte dos padrões existentes.
O grande detalhe esquecido na norma diz respeito à exigência de adoção desse padrão na produção e importação de eletrodomésticos, que, a partir de janeiro de 2010 serão proibidas para os aparelhos que não possuam os plugues novos.
Com isso, apenas produtos diretamente produzidos para comercialização no Brasil poderão ser comercializados aqui. O resultado será uma queda brutal no número de produtos “importáveis”, o que terá impacto direto na competição interna e nos preços pagos pelos consumidores brasileiros.
Temos aí mais uma nova e clara barreira ao comércio, imposta deliberadamente por pessoas que se dizem cheias das “boas intenções”. É... PAL-M na cabeça, o consumidor agradece.
Abs
José Carneiro