sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CESARE BATTISTI: O OPERÁRIO INJUSTIÇADO





Segundo o Comitê de Solidariedade a Cesare Battisti o operário em epígrafe corre risco de vida se for deportado para a Itália.

Ainda segundo o mesmo Comitê nosso ilustre e humilde Ministro(?) da Justiça declarou :

"Essa postura da Itália de querer dobrar o Judiciário brasileiro é uma vergonha e uma tentativa de humilhação para o Brasil", afirmou o ministro da Justiça Tarso Genro, criticando incisivamente a "arrogância" italiana.”

Estas questões me vieram à mente quando passava frente ao STF e vi, ontem, uma manifestação deste Comitê em favor de Battisti.

O que mais me chamou a atenção foram as dezenas de bandeiras de CUT.



De imediato me veio a sensação de desinformação.
Eu fiquei pensando onde havia perdido a informação de que Cesare Battiste era um líder operário, certamente perseguido pelo poderoso capitalismo italiano consorciado com a Máfia.



Realmente e finalmente entendi: Battisti não é um terrorista é um operário revolucionário e a CUT garante isto. Tanto é que estava lá presente.

Que tenham pegado uma carona nas manifestações pelas 40 horas e aproveitado os multimilitantes profissionais petistas, que podem fazer marchas do MST, da CUT ou de solidariedade, é uma questão de economia de meios revolucionários que nem todos estão aptos a assimilar a profundidade.

Confesso que senti falta de nosso Ministro(?), lá na praça.



Microfone nas mãos, gravata frouxa no colarinho impecavelmente branco, emocionado, rouco falando na defesa dos oprimidos do mundo.



Mas tudo bem, quem sabe o ministro(?) não sobe num caixotinho de madeira frente à Embaixada da Itália e faz um discurso contra a maldade e a hipocrisia daqueles chatos capitalistas.



Claro seria melhor ele renunciar antes, mas desde quando revolucionário se preocupa com formalidade burguesa.



Tenho certeza que o presidente ia adorar. Este tipo de manifestação de uma autoridade, somada com a visita ao presidente do Irã, tem de tudo para nos colocar no Conselho de Segurança da ONU.

Demetrio Carneio