quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

JAPÃO SE DEFENDE DA CHINA

A continuada agressividade da política de exportação chinesa, em meio a uma crise que se mostra mais longa do que as expectativas anteriores anunciavam, começa a gerar reações.

Notável que a reação mais forte venha do Japão, tradicional parceiro chinês e mostra que o quadro do comércio internacional tende a se deteriorar, ou não, na direção de políticas de defesa de fronteiras, seja por questão da Balança ou por questões do parque industrial local. O atual movimento parece mais um "recado" no sentido de forçar a China a apreciar com mais vontade o Yuan, contudo terá seus desdobramentos.

De uma forma ou de outra as porteiras do protecionismo começam a ser articuladas. A se ver como a China manterá seu necessário, internamente, ritmo de crescimento num ambiente onde sua competitividade extrema poderá começar a encontrar barreiras.

A questão afeta diretamente nosso posição de primeiro vagão da locomotiva chinesa. 
O protecionismo, se ampliado, haverá de gerar reflexos diretos em nossas exportações com implicações para o desempenho da economia brasileira. 
Esse fator de risco aponta, mais uma vez, para a consolidação do mercado interno. O que envolve as promessas eleitorais de Dilma e lhe asseguram a possibilidade de um difícil caminho a ser percorrido. Sem os anos dourados.


“Segundo o jornal Yomiuri Shimbun, o governo japonês decidiu ontem (28) aumentar os impostos de importação para mais de 400 produtos chineses.
Conforme a notícia, o Japão tem mantido um sistema tarifário preferencial à China com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento econômico de países em desenvolvimento. No entanto, como a China ultrapassou o Japão e se tornou a segunda maior economia mundial, o governo japonês decidiu abandonar a política por acreditar que a China não precisa mais de ajuda nessa área.
De acordo com o projeto, no futuro serão quase 450 itens importados da China, em contrapartida com apenas 13 no passado, que não gozarão do sistema tarifário preferencial. Os produtos incluem artigos de uso diário, vestuário e produtos agrícolas. O governo japonês planeja propor o projeto à Dieta do Japão, parlamento nacional, no início de 2011 e executá-lo a partir de 1º de abril.”

Demetrio Carneiro