A equiparação salarial tem sido um jogo compensador nas últimas décadas. É um processo de alavancagem onde uma categoria ou segmento se apoia nos aumentos excepcionais concedidos a outra categoria ou segmento. Geralmente são dois movimentos: Primeiro uma categoria, por qualquer razão que seja pleiteia um aumento. Em seguida outras pleiteiam equiparação.
Qual o motivo para um ministro do STF ganhar R$26,7 mil?
Aliás, quais os argumentos que serviram para que um ministro passasse a ganhar esse valor. Certamente foram espetaculares, já que é bastante comum vermos pessoas ligadas ao Judiciário reclamando da falta de recursos, toda vez que se questiona a morosidade da justiça. Faltam varas, faltam juízes. Não há recurso suficiente.
Espetaculares antes. Banais agora. E aquilo que era um teto passa a virar um piso. Até que suas dignidades resolvam que ganhar o que as outras autoridades ganham é errado e decidam se auto-aumentar. Ai começamos tudo novamente.
Um jogo entre grandes personagens: Parlamentares em fim de mandato e “autoridades” dos três poderes.
Esse é um espaço totalmente fora da capacidade de intervenção do cidadão comum, que fica impotente e, na prática, está sub-representado.
Quem paga todos os tributos supondo que esses personagens trabalham pelo bem comum?
Demetrio Carneiro
Salário de ministro do STF para os três poderes
Fonte: Blog do Noblat
A maioria dos líderes dos partidos na Câmara dos Deputados defendeu nesta terça-feira, na primeira reunião formal para discutir o assunto, a equiparação salarial de autoridades dos três poderes aos vencimentos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje em R$ 26,7 mil.
A expectativa era de que essa proposta fosse votada nesta quarta-feira na Câmara; porém, a decisão pode ficar para a semana que vem, a última de trabalho antes do recesso legislativo, que se estenderá até o fim de janeiro. O tema voltará a ser discutido nesta quarta-feira em reunião da Mesa Diretora da Câmara.