Algumas coisas que vão ocorrendo estes dias e acabam nos deixando apreensivos.
Andei pensando em escrever um comentário com o nome Que será, sera... Na letra original, em inglês, abaixo, os termo são Whatever will be will be. Algo como: O que tiver que ser, será. E: What will be, will be: O que será, será.
Confiram, no Youtube, a cara Doris Day quando canta a frase Que sera, será... É puro desespero. Tem tudo a haver com o clima.
Por acaso o filme, de onde retiraram o trecho musical, chama-se The Man Who Knew Too Much : O homem que sabia demais. Digamos que foi mera coincidência
Perante essa quase que certa vitória de Dilma a aflição musical de certa forma se impõe. E está muito longe de ser o terrorismo alegado pela candidata. Está mais para atitude precaucional de quem já se queimou algum dia.
Essa notícia sobre os vazamentos da Receita é meio assustadora. É assustadora a tranqüilidade de Lula naquele famoso estilo que já vimos em outras horas críticas, tipo “o que é que tem?”. Assustador o descompromisso da instituição Receita Federal e de seu responsável, aliás cria petista. Assustador o tamanho da rede que os fatos só fazem ampliar. Começou num arranca rabo interno da altíssima cúpuda que comanda a campanha de Dilma, chegou até uma agência da Receita e que é evidentemente local das mais variadas operações criminosas, seja crime político ou crime organizado. Agora estacionou em outra agência da Receita e envolve uma nova variedade de crime. Não são mais senhas “esquecidas” sobre mesas. Agora é falsificação de documento público. Providencialmente o falsificar “não lembra do cliente”.
Surpreende que alguém ainda possa sugerir, como fez o presidente, que a Receita Federal tem condições morais ou éticas de investigar os vazamentos. Parece que ninguém quer se dar contar da cadeia de responsabilização.
Hoje, 1°, o líder de governo disse que Mantega não precisaria depor no Senado Federal sobre o tema, “pois não tem nada a haver com isso”. Engana-nos o Senador Jucá. Tem sim. O ministro é o responsável direto pelo que ocorre na Receita.
Da mesma forma que surpreende Lula dizer que “não pode fazer nada”. Não pode porque não quer fazer nada, porque não que apurar nada, porque já sabe aonde a apuração chegará. Aonde chegaram as outras: Pouco antes das portas de seu gabinete.
Lula que é o mesmo “cara” que não vacilou em desrespeitar as leis ou desmoralizar uma alta corte judiciária para promover e empurrar guela à baixo da nação a “sua” candidata, agora se coloca em atitude suposto respeito às instituições?
Repito o que já disse antes: Vivemos um processo eleitoral fraudado e viveremos uma presidência imposta pelo poder de governo no mais batido estilo “velha república”.
Foram pegos mais uma vez com a mão na butija.
Não bastou o peso econômico, o aparelhamento, a compra descarada de aliados, as alianças com o que existe de mais atrasado na política brasileira, a participação direta e ilegal do presidente na pré-campanha. Não foi suficiente.
Tentaram ainda o caminho da difamação e da chantagem. Mas também nos levaram à conclusão óbvia de que há conexões entre esse grupo e o crime organizado. É o que o “destampe” das operações na agência de Mauá irá mostrar. Certamente.
Perante tudo isso é que fica essa indagação sobre o futuro: O que viveremos num governo Dilma? Iremos como a Doris Day ficar no piano cantando com cara de desesperados?
Se a candidata não pretende, digamos assim, vestir a carapuça, como já vestiu Lula, deve vir a público imediatamente e defender não apenas uma investigação independente, que, nessa altura deveria ser feita fora da estrutura de governo, mas a punição exemplar de quem já tem que ser punido, como é o caso do responsável direto pela Receita Federal.
Uma questão: Esses fatos colocam em risco um princípio constitucional de direito. As operações foram organizadas de dentro de uma estrutura de governo. Não é hora de levar essa questão para o Supremo e não para o tribunal eleitoral?
Demetrio Carneiro
Que Sera Sera
When I was just a little girl
I asked my mother what will I be
Will I be pretty
Will I be rich
Here's what she said to me
Que sera sera
Whatever will be will be
The future's not ours to see
Que sera sera
When I was just a child in school
I asked my teacher what should I try
Should I paint pictures
Should I sing songs
This was her wise reply
Que sera sera
Whatever will be will be
The future's not ours to see
Que sera sera
When I grew up and fell in love
I asked my sweetheart what lies ahead
Will there be rainbows day after day
Here's what my sweetheart said
Que sera sera
Whatever will be will be
The future's not ours to see
Que sera sera
What will be, will be
Que sera sera...