Ontem, 14, o Simon postou um texto no qual usa dados da PNAD/2009 para avaliar o peso de algumas categorias na massa de formados no ensino superior, comparativamente com 2002.
No quadro que desagrega por categoria profissional o maior contingente vem dos professores do ensino básico com um crescimento de quase 100 por cento sobre 2002 e representam cerca de ¼ do contingente total de formados. Contudo profissionais das ciências exatas, física e engenharia representam menos de 7% do contingente e acusaram um crescimento de pouco mais de 50 por cento.
Evidentemente políticas públicas são escolhas e reforçar a qualificação de profissionais do ensino, certamente o básico, é uma boa escolha. Agora, fica difícil imaginar possível desenvolvimento sem maiores investimentos em carreiras tecnológicas.
Assim como fica difícil imaginar que essas carreiras tecnológicas possam se qualificar sem maiores investimento em P&D.
Da mesma forma fica difícil imaginar melhoras sem que se compreenda o quanto um novo paradigma de desenvolvimento, fundado no impacto da atividade humana sobre o meio ambiente, gerará na demanda por novas tecnologias.
Talvez uma parte do problema esteja na rede pública de escolas técnicas que foi literalmente desmontada nos últimos anos. Há correlação entre ensino técnico de nível médio e carreiras técnicas de nível superior.
Talvez outra parte esteja no discurso vazio, apenas para a mídia.
Demetrio Carneiro