Se a matéria publicada hoje, 17, no site do Estado de São Paulo – Planalto já sabia de lobby na Casa Civil desde fevereiro – é correta, me arrisco a afirmar que estamos frente a um escândalo de proporções republicanas.
Há uma máquina de corrupção instalada ao lado do gabinete do presidente e já era de conhecimento da Presidência da República ANTES da publicação da matéria na mídia.
Já presenciamos um processo eleitoral irregular, com abusos autorizados – se o tribunal cala é porque autoriza – de todo o tipo. Caminhamos sobre o fio da ilegalidade sem que as autoridades saibam exatamente de que lado se colocam.
Agora vamos para o voto.
Se as previsões se confirmarem estará eleita uma pessoa ciente de um crime cometido quando exercia a função de autoridade pública – segunda autoridade em importância em nossa República - que receberá a faixa de outra autoridade, esta a máxima da República – que também estava ciente do crime.
Não, não é a oposição que “quer ganhar no tapetão”, conforme já disse Dilma. É a situação que comete crime sobre crime e imagina que pode sair impune de todos eles.
A autoridade pública que oculta um crime também comete um crime. É assim. Simples, claro e direto: Três das máximas autoridades nacionais estão envolvidas em crimes contra a Administração Pública.
Demetrio Carneiro