Vamos chamar de abacaxís, em homenagem a nossa tropicalidade.
A propaganda governamental se esmera em levantar nossa auto-estima, sempre. Mas, oito anos depois, nossa herança continua pesada. E não há muita razão para festas, principalmente quando nos esmeramos, do nosso lado, para eleger a continuação do que já temos agora.
O Fórum Econômico Mundial nos colocou em 58° lugar entre 139 países considerados. Para aqueles que se ufanam do nosso ativismo emergente consultar a lista que forma o processo que nos colocou onde estamos poderá ser um choque.
Não recomendamos para pessoas com problemas cardíacos, mas recomendamos para menores de 18. Só assim poderão ver o que realmente estão herdando das gerações passadas.
Este número: 58° é uma média. Por ser média alguns itens “bons” devem ter valores menores. Em compensação itens “ruins” terão valores maiores. Como sou meio espírito de porco fui fuçar nos maiores. Não peguei todos, mas alguns mais significativos que expliquem andarmos tão por baixo. Em outros post s vamos procurar um termo de comparação com nossos hermanos e nossos colegas de passeio emergente.
Certamente o IPEA, o núcleo duro da ideologia governamental, já está desafiado a criar um contraponto que nos coloque entre os dez primeiros.
Abaixo a lista com o item destacado e a posição relativa naquele item. Lembrando sempre que o termo de comparação são os outros 138 países.
Depois de ler façam um rápido exercício mental e respondam: Vai ser o protecionismo estatal que resolverá o problema de competitividade de nossas empresas?:
No índex global 2010/2011 – 58
Instituições no Brasil : 93
Instituições públicas : 98
Ética e corrupção no setor público : 111
Desvio de fundos públicos: 121
Confiança nos políticos: 127
Ineficiência do governo : 117
Ineficiência da regulação governamental: 139
Desperdício do gasto público: 136
Impacto do crime organizado( sem computar os dossiês, lembro): 125
Custos impostos pela existência do crime organizado: 123
Ética corporativa nas empresas: 98
Qualidade das estradas ; 105
Qualidade dos portos : 123
Qualidade dos transportes aéreos : 93
Ambiente macroeconômico : 111
Spread da taxa de juros : 136
Saúde e educação primária : 87
Educação primária: 106
Qualidade na educação : 97
Competição doméstica : 127
Número de procedimentos para a abertura de um negócio: 132
Tempo necessário: 135
Obs.: Ainda outro dia um levantamento feito a partir da PNAD – Pesquisa nacional de amostras por domicílio, informava que apenas 15% dos trabalhadores autônomos e 45 das empresas possuem CNPJ. Certamente estes dois últimos números explicam porque.
Ontem na rádio alguém do sistema “S” comentava que a nossa juventude “não tem espírito empreendedor”...
Um belo dia para todos e todas.
Demetrio Carneiro