O Boletim Focus sinaliza não as intenções, mas os fatos e, usando a previsão da Selic como referência, dá para ver que o “ajuste fiscal” prometido por Dilma pode não ser tão efetivo.
Em tese o grande trabalho seria uma forte pancada na taxa via um pesado ajuste. Seria o que colocaria Dilma no topo da cadeia alimentar da base de governo. É o que Tony Volpon comentou no “100 primeiros dias...”.
Fatos que depõem contra, são as liberalidades orçamentárias como as cometidas na LDO à favor das prefeituras que cidades-sede da Copa, autorizadas a ignorar a Lei de Responsabilidade Fiscal, que é uma Lei Complementar ou no liberalismo para os governos estaduais “amigos, conforme matéria de hoje no Congresso em Foco. Ou os outros R$60 bi para o BNDES no próximo ano. Essa “vontade” permanecerá?
Em tese, também, o problema é que o gasto neste tipo de gestão é “poder”- papel real do aparelho de Estado, muito mais que “transformação”-papel idealizado para o aparelho do Estado, bom para discursos.
Seria muito interessante o poder com a transformação, mas o problema é que o perfil externo de esquerda radical esconde um perfil interno fortemente conservador – ai a convergência com os neo-coronéis, de apostas assistencialistas e construção do mais clássicos dos Capitalismos de Estado.
O que fica é esta coisa esquizofrênica. Geralmente a competição alimentar é que costuma mover as coisas.
A se ver o que Dilma realmente fará.
#Primeira prévia do IGP-M de setembro sobe 0,99%, bem acima da leitura anterior de 0,42% e das expectativas de mercado de 0,75%.
#The Wall Street Journal afirma que o maior risco que a Petrobras enfrenta não envolve a exploração de petróleo em águas profundas, mas sim a sua politização.
# O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já negocia um novo aporte de recursos do Tesouro para 2011( mais R$60 bi) , confirmaram ao 'Estado' fontes do governo federal. O valor ainda não está definido e a tendência é de que o empréstimo seja menor que o feito neste ano.
#Do Boletim Focus: inflação esperada para os próximos 12 meses (suavizada) sobe de 5,03% para 5,06%; inflação esperada para 2010 cai de 5,07% para 4,97%; inflação esperada para 2011 sobe de 4,85% para 4,90%; Selic para o final de 2010 fica estável em 10,75% mas sobe de 11,50% para 11,75% em 2011; e PIB 2010 sobe de 7,34% para 7,42%.
#(Valor Econômico)Se for eleita, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, anunciará o compromisso de reduzir a dívida pública líquida para 30% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, último ano de seu possível mandato. Em 2009, a relação dívida/PIB fechou o ano em 42,80%. Este ano deve cair para 40,80%, segundo expectativa do mercado financeiro.
A agenda econômica da candidata prevê a adoção de medidas para estimular o financiamento privado da infraestrutura; a realização de uma reforma tributária focada no ICMS e na desoneração das exportações e dos investimentos produtivos; a regulamentação da reforma da previdência dos funcionários públicos; o aumento do tempo de contribuição para as aposentarias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); a separação das aposentadorias rural e urbana; a criação de limites para a expansão das despesas com pessoal do setor público.