A política externa brasileira produz todos os efeitos que dela se esperava: Ajuda o Irã a desqualificar as decisões da ONU. Posterga ao máximo qualquer medida. Permite ao Irã continuar desenvolvendo seu programa de produção da bomba atômica.
Lula dá todos os sinais de pretender uma função importante na política internacional, após deixar o governo. Vamos ver se a desconstrução de toda a tradição de equilíbrio da política externa brasileira terá sido um bom custo para esse benefício.
Lula se movimenta por conta de suas afinidades políticas com o autoritarismo e a visão sectária de uma esquerda com data de vencimento expirada. Pretende dar esta visão como sua contribuição ao mundo como se fosse a visão da nação. Será que é?
A confusão entre a figura de Lula e seu papel como presidente da nação só faz criar uma linha de ambiguidade favorável ao que é uma clara violação de todo um histórico brasileiro na política externa.
Focando a estratégia de não bater em Lula a oposição, a institucional feita pelos partidos políticos, acaba tomando uma atitude neutra o que, para fora e para o eleitorado em geral, sinaliza cumplicidade de objetivos.
Já passou da hora de revisar este comportamento.
Demetrio Carneiro
Sob condições
Ahmadinejad diz que só retomará negociações nucleares em agosto para punir potências
Fonte: Blog do Noblat
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse nesta segunda-feira que não participará de negociações sobre o programa nuclear iraniano pelo menos até agosto para punir as potências mundiais pela aprovação de novas sanções contra seu país.
Segundo Ahmadinejad, o adiamento de novas conversas é para "ensiná-los o hábito de dialogar com nossa nação".
Ahmadinejad também estabeleceu as condições para uma possível retomada do diálogo, afirmando que os países que quiserem participar devem deixar claro se se opõem ao suposto arsenal nuclear de Israel, se apoiam o Tratado de Não Proliferação Nuclear e se querem ser amigos ou inimigos do Irã.
- Eles devem dizer também o que entendem por diálogo - afirmou Ahmadinejad em entrevista coletiva.
Segundo o presidente iraniano, a participação nas negociações não dependeria do conteúdo das respostas.
Ele disse ainda que tentará incluir Brasil e Turquia nas negociações, hoje concentradas no chamado P5+1 - os cinco membros permanentees do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) e a Alemanha. Ahmadinejad afirmou que os nomes dos outros países que participarão serão anunciados em breve.
- Naturalmente, se a França, Rússia e Estados Unidos estão vindo do outro lado, deste lado estarão Irã, Turquia e Brasil, que vão participar nas negociações - disse o presidente iraniano, segundo a BBC Brasil .