quinta-feira, 26 de julho de 2012

EMISSÕES PER CAPITA DE CO2 DA CHINA CHEGAM AO NÍVEL EUROPEU

Já é bastante debatido o efeito do aumento de emissões dos gases do efeito estufa em termos das mudanças climáticas e do aquecimento global. Muitos tendem a ignorar, por diversos interesses até mesmo de emprego, muitos tendem a contestar os dados, mas minimamente (prudencialmente nas palavras de Jorgen Randers no 2052) precisamos acompanhar a evolução dos dados. E ela é dramaticamente rápida, para pior.

Pouco antes da Rio+20 Eli da Veiga publicou um texto onde mostra que embora as emissões mundiais per capita de CO2 venham apresentando queda, as emissões totais sobem e muito, apontando para a ultrapassagem do limite teórico da capacidade de absorção dos gazes do efeito estufa pelos ecossistemas planetários, sejam as florestas ou sejam os mares. Evidentemente o que sobra vira aquecimento e gera mudanças climáticas.

Agora o Aldeia Comum trás um texto informando que as emissões per capita da China chegaram ao nível europeu. Já se havia comentado a respeito do fato da emissão per capita nos países emergentes estar em alta, mas o fato da China chegar em padrões europeus já agora mostra o grau de problemas que se acumularão por conta da insistência de permanecermos vinculados e subsidiários, planetariamente, de um estilo de crescimento/desenvolvimento fundado numa impossibilidade concreta de sustentabilidade frente às restrições de ordem ambiental.

Minimamente deveria servir de alerta para aqueles que se propõe a entender o fazer política como algo mais que se preocupar com a própria sobrevivência eleitoral. Mas principalmente deveria servir de alerta para quem está do lado de cá do balcão eleitoral e dá, pelo voto, poder a esses representantes. Isso que o voto circunscrito ao Estado-Nação é apenas o primeiro passo de uma ação que precisa ir além das fronteiras nacionais já que lidamos com danos ambientais em escala global. As lógicas precisam mudar. Enquanto há tempo...

Demetrio Carneiro