sábado, 25 de fevereiro de 2012

AMIANTO: LOBBY LEGÍTIMO E PRESSÃO INDEVIDA

Mundo pequeno este do poder. O advogado do Instituto Brasileiro de Crisotila era o ex-ministro da justiça de Itamar e ex-presidente do STF, Maurício Correia, conselheiro fiel de Lula em assuntos espinhosos como o mensalão, recém-falecido. 

O Instituto é financiado pelas indústrias do amianto. Nenhum problema contra a atividade de lobby usando os poderosos da república ou de ações na justiça tentando barrar leis de banimento do amianto, que já está banido em mais de 60 países. 

O fato de sermos a terceira reserva mundial no minério explica a importância dada pela indústria a esse embate. 
Já a "neutralidade" do governo é explicada pelo peso do interesse econômico em detrimento do peso da questão ambiental. Não deveria ser necessário que a sociedade civil se mobilizasse como vem ocorrendo, nem deveria ser viável que os poderosos muito próximos se mobilizassem em favor do lobby, nem deveria ter sentido que o governo olhasse para o outro lado, fazendo cara de paisagem, enquanto hipocritamente se diz preocupado com as questões ambientais. Deveria ser o próprio governo a apresentar e fazer passar um projeto de lei banindo o amianto. Mas tem os impostos e empregos gerados. Olhando para isto questões de saúde pública ou meio ambiente  não parecem ser relevantes relevantes.

No caso do Instituto o que pegou mal mesmo foi a tentativa de intimidação, via ação judicial e certamente sob inspiração de Correia que era o advogado do IBC, do pesquisador da Fiocruz. Tentativa vigorosamente contestada pela Fiocruz e pelo INCA.