Noves fora, feitas as contas da execução do orçamento fiscal de 2011 fica evidente a contradição entre a discurseira oficial e o mundo real: Comparativamente à execução de 2010 as despesas com pessoal cresceram 7,2% e as despesas denominadas outras despesas correntes cresceram 14,5%! Ou seja, apesar das juras apaixonadas de corte fiscal as despesas cresceram além da inflação. Enfim, houve crescimento real da despesa de custeio.
Já do lado das despesas de investimento, apesar das juras apaixonadas de que o investimento seria a razão de ser do governo, eles caíram 6,2%. A medida comparativa entre 2010 e 2011 da queda do investimento precisa ser posta contra a medida do aumento da arrecadação de um ano para o outro, que foi de 17,5%!!!!. Este aumento foi em parte usado para a mágica do cumprimento da meta de superávit primário, justificando um poupança de papel, apenas contábil e em parte para aumentar ainda mais os gastos de custeio. Esses são os fatos. O resto é cascata, conversa fiada, papo de botequim, como queiram.
Não dá para imaginar a teoria econômica que sustenta as ações concretas, e não as falsas promessas, desse governo. Deve ser uma teoria muito inovadora e radical para dispor esse tipo de políticas real de crescimento onde só se gaste em custeio, sem investimentos. Da forma como as coisas vão é capaz de sair para nós o próximo Nobel de Economia. Quem sabe a nossa Economia Política do Papo Furado e da Incompetência não nos dá um prêmio?
Demetrio Carneiro