segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

TEORIA E PRÁTICA

A crise que avança pela Europa já tem nome: PIG. Os BRICs, por conta da Rússia, podem virar CRIB. E economia americana já está levando Obama a buscar inspiração no Chávez e acusar a oposição pelos problemas.
Aguardamos alguma formulação dos nossos nacional-desenvolvimentistas ou novo-desenvolvimentistas, se preferirem, que explique por que afinal todas as cantatas, óperas e versos que saudaram a retomada do projeto estatizante (não corro o risco de chamar isso de keynesianismo para não ofender Keynes) e do gasto público não estão funcionando.
A leitura era de que essa etapa da humanidade culminava com a derrota final do “neo-liberalismo” (que seria o rentismo explorador da burguesia capitalista aliado a um conceito nocivo ao progresso e ao bem-estar dos povos do planeta: a estabilidade econômica).
Enfim, depois de gastar tudo o que tinham direito, os governos não conseguiram muito mais que segurar a onda de segmentos do setor financeiro, garantindo, para horror de Obama, que só agora se deu conta, que o prejuízo vai para o contribuinte. Pelo visto terão que continuar gastando. O tal modelo em “W” está cada vez mais famoso.
Enquanto isso aquele conceito ultrapassado, o tal de “confiança dos agentes econômicos” parece que resiste a ser mudado por decreto. Que coisa!

Demetrio Carneiro