domingo, 28 de fevereiro de 2010

A ARQUITETURA DO CAIXA DOIS PETISTA PARA A CAMPANHA DE DILMA

Notícia da Folha de São Paulo, repercutida pelo Blog Democracia Política e Novo Reformismo, dá conta da participação do BNDES na arquitetura do caixa dois petista para a campanha de Dilma Roussef.

Como fica evidente não se trata de um empresário de ganhou, sabe Deus lá como, uma bolada e resolve ser solidário com os “companheiros”.

É uso da máquina pública nos mínimos detalhes com a finalidade de financiar uma proposta cuja única finalidade é permanecer no poder.
Sem projetos, sem programas. Poder como qualidade de vida. Uma questão individual. Sendo assim, melhor que seja com o dinheiro dos outros, os tais contribuintes.
Esse é o assunto. Esse é o “nada a haver com a política” que desmoraliza a verdadeira política.

Não se trata de um uso “inocente” como Lula e outros tentam apresentar, seja devido à complexidade da legislação eleitoral ou aos especulados custos de campanha.
Na realidade a “bolha” de alta dos custos de campanha provavelmente se origina justamente na fartura dos recursos desviados dos cofres públicos. A competição política pelo voto acaba sendo inflacionada pelo, digamos, “excesso de liquidez” nas mãos de alguns grupos mais bem posicionados dentro da máquina pública.

O BNDES dos amigos do Rei e que alimentou o caixa dois é o mesmo BNDES que, em nome do desenvolvimento brasileiro, criou mais alguns bilhões de reais de dívida pública, que obviamente será paga, com todos os juros e correções, pelo contribuinte lá na frente.
O que mostra como o discurso governamental contra o rentismo da alta burguesia é hipócrita.

Demetrio Carneiro