Num momento onde se debate o uso abusivo e perigoso da dívida pública para financiar não se sabe bem quem ou o quê no BNDES.
Num momento em que Dilma se apóia na geração de mais Dívida Pública para justificar os seus projetos, como no caso da sua brilhante proposta de “redução” das despesas trabalhistas.
Nestes momentos é bom que se lembre que dívida pública que se cria hoje sempre será o tributo que será criado amanhã.
Como, normalmente, dívidas públicas são roladas pagando juros e recompondo, um real de dívida tende a se transformar em muitos reais de tributos. É mais ou menos como o Cartão de Crédito. Quando você compre um bem e paga no seu vencimento é uma coisa. Quando você acumula e paga apenas parte do que deveria pagar é outra coisa completamente diferente e aquele bem pode te sair duas três vezes mais caro do que você imaginou.
Agora já se anuncia que a carga tributária, a participação do tributo naquilo que todo brasileiro produz, baterá novo recorde.
De recorde em recorde, de dívida em dívida, não é difícil imaginar que logo seremos o país que mais tributa no mundo.
Alguns brasileiros e este governo em particular, justificam pela justiça social, mas o que vemos é os recursos públicos sumindo pelo ralo da corrupção e nenhuma, absolutamente nenhuma, eficiência nos serviços públicos. Quem fica lá na fila dos hospitais ou sofre diariamente no transporte público ou tem filhos estudando, com poucas chances para o futuro, em escolas problemáticas, é que sabe do valor e do custo desta conta.
Demetrio Carneiro