O portal do Instituto Ludwig Von Mises do Brasil está divulgando um documentário, abaixo, com uma leitura alternativa sobre a atual crise. Certamente não será o que muitos esperam: mais uma crítica "demolidora" contra o capitalismo e o regime de mercado; mais uma crítica que não aponta absolutamente nenhuma saída a não ser aquela das generalidades mais óbvias e que não nos levarão a lugar algum.
Ao contrário da leitura dominante o que há aqui é o contraponto que mostra o quanto o "herói" do momento, o Estado e seus agentes políticos, têm a haver com tudo o que vem acontecendo e provavelmente ainda irá acontecer.
Desde o primeiro momento a leitura estatizante emprestou ao arremedo de keynesianismo que é a total liberalidade fiscal a principal responsabilidade para "resolver" a crise. Montanhas, antes inimagináveis, de dólares e euros depois a crise permanece. O governo americano nos promete mais ainda. Só que agora num aporte praticamente ilimitado baseado no "enquanto for necessário".
Aqui e agora o "mercado" é o culpado de tudo. Sendo o capitalismo um "regime de mercado" ele também é o culpado acessório. Como a banca é beneficiada, a banca é adicionada ao mercado e ao capitalismo, como se a banca não fosse ela mesma resultado da ação regulatória do próprio Estado e da complacência de seus agentes políticos.
Com nossa absoluta tradição estatizante, que permeia mentes e corações, não será um vídeo fácil de se ver e muitas nucas ficarão muito arrepiadas. Mas fazer o quê? A leitura equivocada da crise, a propostas equivocada de suas soluções só estão trazendo mais crise. Está na hora d outras leituras. É preciso ter ouvidos para escutar.
DC