“É importante que o Brasil se distinga dos outros países, e, para isso, precisamos conter novos gastos de custeio, o que é muito difícil, mas faço um apelo nessa casa para que os senadores nos ajudem a manter essa solidez fiscal”, disse Mantega.
Logo a seguir esse é o Mantega do mundo real:
Conclusão:
Como sempre tenta, Mantega buscou no Senado um meio de pressão sobre o Banco Central na sua cruzada nacional-desenvolvimentista contra os “altos juros”.
Ao prometer manter um ritmo de ajuste fiscal na realidade pretendia cobrar do BC um compromisso de redução da taxa de juros. O ministro continua convicto de que subir ou baixar juros é um ato de vontade do gestor público.
Contudo as horas de Congresso foram demais e numa crise de abstinência o ministro resolveu se compensar dando ao Tesouro Nacional uma despesa extra de R$ 310 mi.
Claro que a bondade não tem nada a haver com a inflação, afinal o ministro garantiu no Congresso que o governo fará tudo para não deixar que a inflação “sob controle”(sic) se descontrole...
Até que se prove em contrário essa é a verdadeira essência da gestão Dilma: Uma hora é isso e na hora seguinte é aquilo. É o pragmatismo levado ao paroxismo. Se funciona iremos descobrir com o tempo, mas certamente será com o bolso que iremos descobrir. Ou na forma de mais dívida e tributos ou na forma de inflação. Ou de ambas as formas.
Demetrio Carneiro