Enquanto o Obama leva pau por ter enganado nossa diplomacia, num jogo duplo, o Irã certamente continua acumulando material mais que suficiente para fazer a sua bomba "dissuasória".
Se olharmos para a atitude crítica da diplomacia brasileira com relação ao Tratado de Não Proliferação, somarmos ao que andou falando o nosso vice-presidente sobre a função “pacificadora” da bomba atômica, multiplicarmos por diversas declarações vindas de militares ou aproximados, começa a ficar no ar um cheirinho de desconfiança sobre as reais intenções do governo brasileiro neste imbróglio.
Admitindo a lógica da bomba pacificadora brasileira, será que tê-la, ao custo de uma bomba atômica nas mãos de um regime autoritário disposto a varrer Israel do mapa, é um bom negócio realmente?
Demetrio Carneiro