Lá trás tudo era festa. A crise econômica trazia de volta ao cenário o keynesianismo militante e, internamente, revigorava o desenvolvimentismo keynesiano.
Nacionalmente e no resto do mundo, uma miríade de textos foram aparecendo provando o fim do que chamavam de neoliberalismo e a retomada vigorosa das políticas econômicas fiscais expansionistas como única forma de superar a crise. Diga-se a bem da verdade que esta foi uma leitura muito simplificada do propunha o mestre.
Ao ponto de Nakano garantir que a política econômica de 2010 seria um debate entre subcorrentes keynesianas. O futuro era promissor.
Daí para a leitura de que a meta de superávit , a responsabilidade fiscal e outras questões da estabilidade eram meras invenções neoliberais foi um pulo, amplamente celebrado num Seminário do IPEA.
Nesse momento a Grécia mostra claramente os limites das políticas de expansão, e irresponsabilidade, fiscal.
Internamente a esquerda econômica recebeu um “cala-boca” no próprio Congresso do PT e agora fica obrigada ver Dilma e Palocci defendendo em NY as políticas de estabilidade e responsabilidade fiscal.
Não que a lógica expansionista tenha se encerrado. Esses dias pudemos constatar um crescimento de mais de 70 bi na Dívida Pública por conta de recursos obtidos no mercado para financiar a expansão do crédito ofertado pelo BNDES.
Por volta de 2012 nossa conta começará a chegar.
Abaixo um post, bastante sarcástico, do Blog “Kids Prefer Cheese” , que o Tony me enviou.
Demetrio Carneiro
Apaguem as luzes, a festa acabou...
Na minha juventude, eu tentei publicar um texto intitulado "Como a morte é um modelo de Solow?"
Permitam-me reproduzir, abaixo, um resumo dele:
"Morta e dura como uma pedra"
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Destemido, tomo esta linda manhã, para anunciar que a economia keynesiana, apesar de recentes relatórios sobre seu amplo renascimento, é verdade, está morta e dura como uma pedra.
Gente, pudemos verificar literalmente um monte de gastos do governo ao redor do planeta. E o que nós temos para mostrar a respeito? Uma avalanche de déficits insustentáveis e problemas de dívida soberana.
No longo prazo é verdade que estamos todos mortos. Entretanto, mas até que esse dia bendito chegue todos nós estaremos quebrados!
A coisa mais inteligente que muitos países poderiam fazer agora é o velho duplo D: Default ( não honrar compromissios ) e Desvalorizarização. No entanto, o resultado provável será uma "década perdida" de políticas empobrecedoras levadas a cabo sob o comando da mais horrível criação de Keynes, o FMI.