Romeu Tuma Filho aparece na política no rastro de seu pai.
Romeu Tuma, o pai, o senador, membro do, neste momento político, importantíssimo PTB-tempo de TV, encerra seu mandato nessa legislatura.
Romeu Tuma, o pai, ficou famoso pela postura “técnica” dentro da PF, buscando sempre fortalecer a instituição, torná-la mais eficiente.
Romeu Tuma, o filho, vai para as manchetes por estar usando suas conexões para favorecer criminosos que seu pai teria combatido se ainda estive na PF.
Do filho a resistência em abandonar o cargo. Apesar de todas as evidências, ao invés de se demitir, sai “de férias”. Reconhecendo sua relação de amizade com o contrabandista chinês, a indagação: O quê é que tem...?
A indagação/indignação deveria ser a pista. De fato para o filho não há qualquer problema na relação de amizade entre uma autoridade e o cidadão que ele deveria reprimir, por ser autoridade.
Não é uma anomalia. É um comportamento sintomático de servidores, são todos servidores desde o senador ao secretário, pois são remunerados com o nosso dinheiro, que se julgam acima do bem e do mal.
Boa parte da imoralidade republicana no funcionalismo ainda está fundada nesse conceito colonial de agente público que coloca-os ao lado de Deus e inalcançáveis às leis que regem o comum dos mortais.
Resta saber quanto irá pesar nesse jogo o tempo de TV do PTB.
Demetrio Carneiro