Reproduzo abaixo post de Miriam Leitão sobre trabalho feito pelo eficiente Padovani para o banco alemão West LB. Por coincidência estive conversando com ele esta semana, em São Paulo e desta conversa combinamos uma entrevista que publicaremos brevemene.
Demetrio Carneiro
Governo rompe política fiscal no curto prazo
O governo segue na trajetória de rompimento da política fiscal do país no curto prazo, alerta o banco WestLB Brasil em relatório semanal. O superávit primário deverá encerrar os próximos três anos abaixo da média registrada nos últimos anos: 1,3% (2009), 2,2% (2010) e 3% (2011) do PIB.
Historicamente, o Brasil registra superávits ao redor de 3,5% do PIB. O superávit ficará abaixo dessa média apesar do forte aumento do ritmo da arrecadação, prevista em 17,2% em 2010 e 13,5% em 2011.
"Mas como o governo está criando uma série de novas metas, os investidores provavelmente vão focar mais no cumprimento dessas metas do que na figura em si. Por isso, a situação fiscal deverá ficar sob controle", avalia Roberto Padovani, estrategista-sênior do banco.
Em período de crise é natural que os governos aumentem seus gastos para incentivar a economia. O problema, como temos dito aqui, é que o governo brasileiro aumentou gastos de custeio e não de investimento.